Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, brasileiro diz que corrida no Bahrein, sua primeira na F-1, será o ponto alto de sua carreira até agora
Após três anos como piloto de testes da Renault, Lucas di Grassi terá sua primeira chance como titular em uma equipe de Fórmula 1. Aos 25 anos, o brasileiro foi contratado pela também estreante Manor e será companheiro do alemão Timo Glock, seu antigo rival na GP2 em 2007.
Lucas di Grassi testa o VR-01 em Jerez de la Frontera durante a pré-temporada da Fórmula 1 em 2010
Apesar da empolgação pela estreia, Di Grassi mantém os pés no chão. Em conversa por telefone com o GLOBOESPORTE.COM, direto de Sakhir, no Bahrein, ele afirmou que pretende ajudar a Manor na intenção de lutar ao menos para ser a melhor das equipes estreantes neste ano. O brasileiro considera que a equipe tem boas chances de evoluir ao longo de 2010.
- Acho que não existe uma meta para a equipe. A gente pode ou não marcar alguns pontos. Tudo vai depender do desempenho e do que conseguirmos fazer de melhor com o carro. Nosso objetivo não é o resultado, é fazer o melhor possível. Temos uma boa chance de melhorar, de ser a melhor das equipes estreantes (além da Manor, Lotus e Hispania) – diz Lucas.
GLOBOESPORTE.COM: O que você espera de seu ano de estreia na F-1?
Lucas di Grassi: O objetivo principal deste ano é aprender, para resumir em uma palavra apenas. Eu chego na Fórmula 1 com uma boa base para começar, mas acho que ainda tenho muito a evoluir dentro da categoria. Neste fim de semana vai ser apenas minha primeira corrida e da equipe também. Temos muito a fazer, muito trabalho pela frente. Realmente vim para esta primeira corrida sem muitas expectativas, pensando no melhor.
Perto de estrear como titular na Manor, você considera que este é o melhor momento da carreira?
Lucas di Grassi: O objetivo principal deste ano é aprender, para resumir em uma palavra apenas. Eu chego na Fórmula 1 com uma boa base para começar, mas acho que ainda tenho muito a evoluir dentro da categoria. Neste fim de semana vai ser apenas minha primeira corrida e da equipe também. Temos muito a fazer, muito trabalho pela frente. Realmente vim para esta primeira corrida sem muitas expectativas, pensando no melhor.
Perto de estrear como titular na Manor, você considera que este é o melhor momento da carreira?
Sem dúvidas, esta primeira corrida na Fórmula 1 vai ser o ápice da minha carreira até agora. É lógico que tenho outras aspirações, outras vontades dentro da categoria. Mas valeu a pena todo o meu esforço, meu trabalho até agora, desde o kart, passando pela Fórmula 3, GP2 e piloto de testes da Renault. Ser piloto oficial é um sonho realizado, mas ainda tenho muito caminho pela frente.
Você passou vários anos como piloto de testes da Renault, sempre elogiado pelos engenheiros. Qual a diferença entre o trabalho na equipe francesa e na Manor?
É difícil ter uma base de comparação. É lógico que eu trabalhava há muito mais tempo na Renault, uma equipe que ganhou dois títulos mundiais, tem muita história na Fórmula 1. Nossa equipe está começando, tem muitos mecânicos, engenheiros e funcionários da equipe no primeiro ano na categoria. Então, ainda falta um pouco de interação entre o pessoal da equipe. Ainda existem várias coisas que não atingiram o máximo de seu potencial, mas ainda não dá para comparar com uma Renault.
Qual a sua meta e a da Manor na temporada 2010?
Acho que não existe uma meta para a equipe. A gente pode ou não marcar alguns pontos. Tudo vai depender do desempenho e do que conseguirmos fazer de melhor com o carro. Nosso objetivo não é o resultado, é fazer o melhor possível. Se pontuarmos, ótimo. Se não acontecer, não será isso que irá desestimular a equipe. Vamos trabalhar o mais arduamente possível.
Como avalia o trabalho da equipe até agora?
Como avalia o trabalho da equipe até agora?
Temos uma boa chance de melhorar, de ser a melhor das equipes estreantes (além da Manor, Lotus e Hispania). Quem sabe podemos alcançar algumas outras equipes mais para o fim do ano. Tudo foi muito corrido desde a construção do carro. Nos testes, fiz muito pouca quilometragem perto de outros pilotos.
O desempenho do VR-01 nos testes de pré-temporada foi o esperado?
O carro é novo, então ainda faltam muitas atualizações, muita coisa para melhorar. Começamos com uma boa base. Para um projeto que estava apenas no papel há três meses, foi incrível o que eles fizeram.
A equipe conseguiu resolver os problemas hidráulicos após os testes?
O carro teve muitos problemas, principalmente na parte hidráulica. A equipe começou a resolver as falhas, já que elas surgiram em épocas e testes diferentes. Estaremos no Bahrein com quase todos resolvidos. Esperamos o melhor. A pista aqui está mais quente que nos testes. Tem o fator da areia, que obriga a melhorar a refrigeração dos freios e a instalar uma proteção para o motor. Acho que será um bom teste para a confiabilidade.
O VR-01 é o primeiro carro a ser inteiramente desenvolvido no computador, com o CFD (Dinâmica Computacional de Fluidos). Acredita que esta tecnologia poderá ter futuro na Fórmula 1?
A equipe conseguiu resolver os problemas hidráulicos após os testes?
O carro teve muitos problemas, principalmente na parte hidráulica. A equipe começou a resolver as falhas, já que elas surgiram em épocas e testes diferentes. Estaremos no Bahrein com quase todos resolvidos. Esperamos o melhor. A pista aqui está mais quente que nos testes. Tem o fator da areia, que obriga a melhorar a refrigeração dos freios e a instalar uma proteção para o motor. Acho que será um bom teste para a confiabilidade.
O VR-01 é o primeiro carro a ser inteiramente desenvolvido no computador, com o CFD (Dinâmica Computacional de Fluidos). Acredita que esta tecnologia poderá ter futuro na Fórmula 1?
A tecnologia já existe há muito tempo na indústria aeronáutica e também era usado em alguma escala na Fórmula 1. Mas só agora começaram a usar o software para desenvolver o carro. E em termos de custo-benefício, acho que é o melhor caminho possível. A equipe fez a escolha certa para desenvolver o carro nessa velocidade. Eles acertaram. Para mim, existem muitas chances de, nos próximos anos, os modelos da F-1 serem todos inteiramente projetados desta forma, em CFD.
O que o torcedor pode esperar dos pilotos brasileiros nesta temporada?
A torcida brasileira tem quatro pilotos na Fórmula 1, dois começando e dois que estão lá há muito tempo. Inclusive um deles tem muitas chances de ser campeão, que é o Felipe (Massa). Espero ter o apoio dos torcedores tanto nos momentos de aprendizado quanto nos de glória, quem sabe já neste ano. Sempre dediquei tudo o que fiz até hoje ao Brasil, país onde nasci e cresci. Espero que os fãs me apoiem independente do que acontecer neste ano.
O que o torcedor pode esperar dos pilotos brasileiros nesta temporada?
A torcida brasileira tem quatro pilotos na Fórmula 1, dois começando e dois que estão lá há muito tempo. Inclusive um deles tem muitas chances de ser campeão, que é o Felipe (Massa). Espero ter o apoio dos torcedores tanto nos momentos de aprendizado quanto nos de glória, quem sabe já neste ano. Sempre dediquei tudo o que fiz até hoje ao Brasil, país onde nasci e cresci. Espero que os fãs me apoiem independente do que acontecer neste ano.
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