GLOBOESPORTE.COM analisa o trabalho do treinador a pouco menos de 100 dias para o início do Mundial na África do Sul
Quando Dunga foi anunciado como o novo técnico da seleção brasileira após a Copa do Mundo de 2006 muitos torcedores duvidavam que ele teria sucesso ou chegaria a 2010. A equipe estava em crise com o fracasso na Alemanha e o ex-jogador não tinha experiência no cargo. Mas, após três anos e meio de trabalho, o treinador superou desconfianças, ganhou espaço e formou um grupo confiante para disputar o hexa na África do Sul.
Dunga em diversos momentos à frente da seleção brasileira
As críticas parecem que sempre vão existir para quem ocupar o cargo. O clamor por Ronaldinho Gaúcho é a bola da vez. O estilo truculento, sem papas na língua, também gerou uma certa antipatia na imprensa e nos bastidores da CBF. No entanto, após 53 partidas e dois títulos importantes no currículo - a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações em 2009 -, Dunga chega forte e com carta branca para o Mundial. O treinador já avisou que vai isolar os jogadores e acabar com o fantasma de "Weggis". A preparação da seleção, na Suíça, para a última Copa ficou marcada pelo clima de oba-oba e desleixo do grupo, que aproveitava as folgas em grandes noitadas.
- Falam que sou antimarketing. Mas não preciso disso. O meu marketing são os meus resultados com a seleção - afirmou Dunga.
Se nada anormal acontecer ou algum problema de lesão surgir até a primeira quinzena de maio, a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo da África do Sul deve ser uma das mais previsíveis dos últimos tempos. Ao longo do trabalho, Dunga testou 70 jogadores e vai escolher 23 para compor o elenco. O treinador já garantiu que não vai acontecer qualquer surpresa na lista final. E assegura que todos tiveram a sua chance.
- Falam que sou antimarketing. Mas não preciso disso. O meu marketing são os meus resultados com a seleção - afirmou Dunga.
Se nada anormal acontecer ou algum problema de lesão surgir até a primeira quinzena de maio, a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo da África do Sul deve ser uma das mais previsíveis dos últimos tempos. Ao longo do trabalho, Dunga testou 70 jogadores e vai escolher 23 para compor o elenco. O treinador já garantiu que não vai acontecer qualquer surpresa na lista final. E assegura que todos tiveram a sua chance.
- Eles (os jogadores) conquistaram o espaço. Esse grupo foi se criando nos últimos três anos e meio. É muito consciente daquilo que precisa fazer, da responsabilidade de estar na seleção brasileira. Há jogadores que vieram da última Copa e que foram muito cobrados. E isso ajuda muito para passar para quem está chegando a responsabilidade de um Mundial. E eles são muito conscientes de que no Brasil o que você ganhou fica no passado. A gente sempre precisa ganhar o próximo. E a cobrança vai estar aí. Não tem outra forma. Tem que ganhar.
Após a vitória de terça-feira por 2 a 0 sobre a Irlanda, em Londres, no último amistoso antes da convocação para a Copa, Dunga vai se concentrar em acompanhar mais de perto os atletas que vai levar para a África do -Sul. A comissão técnica quer estar atenta à condição física e técnica dos 23 jogadores para não ter qualquer surpresa na véspera do Mundial.
O retiro de Dunga
O treinador também vai iniciar um "retiro". Para evitar polêmicas e problemas até a convocação, Dunga vai evitar entrevistas e o contato com a imprensa. Ele só deve voltar a se pronunciar oficialmente após o anúncio dos 23 escolhidos.
Após a vitória de terça-feira por 2 a 0 sobre a Irlanda, em Londres, no último amistoso antes da convocação para a Copa, Dunga vai se concentrar em acompanhar mais de perto os atletas que vai levar para a África do -Sul. A comissão técnica quer estar atenta à condição física e técnica dos 23 jogadores para não ter qualquer surpresa na véspera do Mundial.
O retiro de Dunga
O treinador também vai iniciar um "retiro". Para evitar polêmicas e problemas até a convocação, Dunga vai evitar entrevistas e o contato com a imprensa. Ele só deve voltar a se pronunciar oficialmente após o anúncio dos 23 escolhidos.
O treinador superou momentos difíceis no comando da seleção desde a estreia em 2006 com um empate por 1 a 1 com a Noruega. Chegou a ficar na corda bamba antes de um duelo contra o Chile, em Santiago, pelas eliminatórias. O Brasil estava em sexto lugar na classificação, mas venceu por 3 a 0. Depois, foi insultado por torcedores nos empates com a Argentina, no Mineirão, e com a Colômbia, no Maracanã (todos esses três jogos aconteceram em 2008). E, no mesmo ano, novamente balançou após a conquista da medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim. Dunga permaneceu, mas a derrota humilhante para a Argentina na semifinal praticamente selou os futuros de Ronaldinho e Pato na seleção.
- Ganhamos a Copa América, a Copa das Confederações, nos classificamos (para a Copa do Mundo), temos resultado, formamos um grupo. Recuperamos a imagem do Brasil, o entusiasmo, a vontade de jogar. Uma equipe que marcou mais de 100 gols (110 no total) e levou menos de 40 (foram 38 gols sofridos). Então não tem como não estar feliz.
Veteranos são deixados de lado
- Ganhamos a Copa América, a Copa das Confederações, nos classificamos (para a Copa do Mundo), temos resultado, formamos um grupo. Recuperamos a imagem do Brasil, o entusiasmo, a vontade de jogar. Uma equipe que marcou mais de 100 gols (110 no total) e levou menos de 40 (foram 38 gols sofridos). Então não tem como não estar feliz.
Veteranos são deixados de lado
Dunga diz que recuperou o orgulho da seleção brasileira após o fracasso na Alemanha. O treinador tirou do grupo os veteranos laterais Cafu e Roberto Carlos, que já tinham anunciado que deixariam a seleção após 2006, assim como Emerson, Zé Roberto e Dida, que também já estavam com a idade avançada. Já Ronaldo meio que saiu por conta própria ao não conseguir mais entrar em forma e viver brigando com a balança e com as lesões. A única mudança de impacto foi mesmo descartar Ronaldinho Gaúcho, que sempre viveu com o fantasma de ter a fama de não jogar bem com a seleção brasileira. Por isso, apesar de falar em reformulação, o treinador prefere enfatizar uma mudança de ideologia.
- O comprometimento com a seleção fortaleceu o grupo. É um time que entra em campo e tem vibração. Quem joga tem emoção, tem paixão e sabe que tem que deixar tudo o que pode dentro de campo.
Quem não se encaixou nesta nova forma de enxergar a seleção brasileira foi ficando pelo caminho ao longo do trabalho. O caso mais recente pode ter sido do lateral André Santos, que de titular deixou de ser convocado de uma hora para outra.
- Eu não tive problema com qualquer jogador fora de campo. Todos eles se comportaram. Tudo o que a gente programava eles faziam. Agora também não vou sair atrás dos caras 24 horas por dia para ver o que eles fazem. Já tenho três filhos em casa para criar - disse Dunga.
Quem não se encaixou nesta nova forma de enxergar a seleção brasileira foi ficando pelo caminho ao longo do trabalho. O caso mais recente pode ter sido do lateral André Santos, que de titular deixou de ser convocado de uma hora para outra.
- Eu não tive problema com qualquer jogador fora de campo. Todos eles se comportaram. Tudo o que a gente programava eles faziam. Agora também não vou sair atrás dos caras 24 horas por dia para ver o que eles fazem. Já tenho três filhos em casa para criar - disse Dunga.
OS DEZ MANDAMENTOS DE DUNGA |
1. A seleção está sempre em primeiro lugar 2. Todos os jogadores são tratados da mesma forma, sem mordomias para um ou para outro 3. O jogador precisa ter orgulho de vestir a camisa da seleção brasileira 4. É preciso ter comprometimento com o grupo e esquecer as individualidades 5. Disciplina com horários e foco total na seleção 6. A seleção precisa de privacidade: compromissos com patrocinadores ou jornalistas durante a concentração são proibidos sem a autorização do treinador 7. Nenhum jogador é convocado por pressão ou "por nome". 8. O atleta precisa se doar ao máximo em campo para permanecer no grupo 9. A humildade vem em primeiro lugar e o clima de oba-oba é sempre combatido 10. Conquistar o hexa! |
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