Autor do terceiro gol na vitória de 3 a 2 do Hapoel Tel-Aviv sobre o RB Salzburg, na última quarta-feira, pelos playoffs da Liga dos Campeões (assista no vídeo ao lado), o atacante Itay Shechter recebeu um cartão amarelo por conta de sua comemoração. Mas não por causa de provocações ao adversário ou por ter tirado a camisa. O juiz português Pedro Proença puniu o israelense por ele ter ajoelhado e rezado com um quipá - pequeno chapéu judaico - na cabeça.
Em entrevista ao jornal “Jewish Chronicle”, Shechter afirmou que não teve nenhuma segunda intenção com o seu gesto.
- Um torcedor me deu o quipá com o escudo do Hapoel no aeroporto e eu o coloquei dentro da minha meia. Deus me permitiu marcar e eu o tirei e disse Shema Yisrael (Nota: "Escuta ó Israel", trecho de uma oração judaica). Eu não quis provocar ninguém, só estava pensando na felicidade de todos os judeus que estavam assistindo à partida pela TV - disse o atacante, de 23 anos.
A diretoria do Hapoel não deu indicações de que vai apelar contra o cartão que, pelo regulamento da Fifa, foi aplicado corretamente. A entidade proíbe manifestações religiosas durante as partidas e obriga os árbitros punirem quem ir contra essa norma. No entando, o técnico do Hapoel, Eli Guttman, defendeu Itay Shechter.
- Eu não tenho nenhum problema com atletas cristãos que fazem o sinal da cruz depois de marcarem. Então porque Shechter não pode orar como quiser? - argumentou Guttman.
0 comentários:
Postar um comentário